2010-02-11

Zanin - amenic (2009)



Zanin . amenic . 2009

1 - Bye, Walden
2 - Drocrama
3 - Porcaria (Muito Bem)
4 - Prugna
5 - 4 Hours In Jail
6 - Williams
7 - Rapaziada
8 - Blue's Told Me
9 - Beep Bop
10 - Io Non So Parlare (Villafranca)
11 - Il Sacro Scemo
12 - Quando Percebi
13 - Vertigens
14 - Ride
15 - Tra Là E Qua (Trae l'acqua)
16 - Bus(Tle)
17 - Tom And The Terminals Beat Ben Heathrow Band Airlines
18 - RoadQuest

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(English)

Eu sempre me recusava a lançar este material, porque:
1. Eu costumava achar que seria capaz de encontrar tempo para gravar ou remixar tudo como se deve;
2. Mais de 70% das faixas contem samples não autorizados (bem, eu nunca pedi autorização).

Todo o processo de composição, sampling, programação e gravação aconteceu entre 2001 e 2004, antes de eu emigrar do Brasil.

Algumas notas sobre as faixas:

1. Gravada em uma noite, depois de uma das sessões de gravação do Fotograma na minha casa. Essa foi a primeira vez em que usei um seqüenciador e uma drum machine no computador. Cheia de samples, tipo Pulp Fiction, Joao Gilberto, Chico Science, Shuggie Otis, John Peel e MC5. O teclado era do Luiz Jr’s. Sim, nós já tentamos tocar juntos muito tempo atrás e tínhamos até feito algumas boas gravações (ao menos para mim eram), que nunca foram lançadas.

2. A essa altura eu já tinha colocado na cabeça que iria viver na Itália. É uma homenagem a Fellini e Bruno Zanin. Meu filho, Lauro, canta em italiano, ele tinha 6 anos de idade. O baixo é um sample da voz da Megssa na canção Air Guitar Man do Magic Crayon, com o pitch bem baixo.

3. Os loops de bateria foram tirados de um ensaio do Magic Crayon, eu estava tocando bateria para o Fabio Barbosa para arranjar uma canção nova. A voz sampleada foi tirada de um protesto dentro de um protesto. A história é longa, se você tiver tempo, aqui vai:
Mídia Tática Brasil - Casa das Rosas.

4. Essa é sobre birita. Birita italiana. Houve uma festa na minha casa e já tínhamos bebido toda a birita disponível quando eu decidi abrir a garrafa de Prugna que eu tinha trazido da Itália. E foi devastador… Samples de vozes de uma entrevista do Interpol (“thank you”) e principalmente do filme italiano de comedia cafona Vacanze di Natale. Samples de instrumentos de Teenage Fanclub e uma banda escandinava de que não me lembro agora.

5. A bateria e o baixo são tudo um único sample processado de Power of Love de Amanda Humphrey. Os samples de voz vieram dos filmes Coração Satânico e Oriundi. O pedal tremolo maravilhoso que eu usei para gravar a guitarra era do Luis, da banda Os Espectros, com que eu estava tocando na época.

6. Minha homenagem a Sociedade dos Poetas Mortos e Robin Williams, com uma linha de baixo tipo Radiohead e um sabor indiepop funk carioca.

7. Bezerra da Silva, Sandy, Dr Pimpolho, REM, Go-Betweens e samples de bateria de mim tocando para a banda Abstrato, tudo junto.

8. É a voz de Nick Drake, com um piano sampleado dos Carpenters, um sample da bateria de Fabio Barbosa e o sample da mãozada no baixo do meu filho Lauro. No fim é Chopin, tudo processado, claro.

9. Experimentação simples com seqüenciador, sintetizador e vocoder e uma série de acordes, processados, de um curso em cd-rom de violão.

10. Cítara e guitarra processadas, baixo sintetizado, e samples de mim falando ao telefone com um padre italiano, minha professora de italiano e a secretária eletrônica do município de meus ancestrais. Eu estava pesquisando minha genealogia e aprendendo italiano.

11. A letra aqui é um trecho de Kerouac, que eu traduzi para o italiano.

12. A letra é do Luiz Jr do Fotograma. Eu cantei isso logo depois de levantar da cama de manhã.

13. Letra de Carmela Toninelo que eu musiquei. Pseudo folk com drum machine (!).

14. Essa versão de Nick Drake foi originalmente gravada por Luiz Jr e eu para o Fotograma. Eu toquei o violão com afinação aberta e nós tocamos o teclado dele e cantamos juntos. Eu tirei a voz dele do mix para essa versão.

15. Dialeto veneto dentro do carro do amigo dos meus parentes. Foi durante minha primeira viagem à Itália, ele estava levando eu e uns amigos para um passeio, para ver um castelo, mas a ressaca da festa da noite anterior estava me matando, então, missão cancelada. Vários bits processados de sons ambientes.

16. Oxford street, e então dentro do ônibus indo para Brixton, Londres. Minha primeira vez lá, com um MD recorder dentro do bolso. Bateria feita com bits tirados dos ruídos do ambiente.

17. Outra feita com gravações ambiente. Samples processados para criar ruídos. Analogia entre o filme The Terminal e nossa situação: nós perdemos nosso vôo em Heathrow, passamos a noite toda lá.

18. Eu e o violão que o avô da Isabel deixou para ela, numa afinação aberta, uma só nota no teclado. E um sample processado de Miles Davis. Sem letra, para ver a estrada.

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<a href="http://zanin.bandcamp.com/album/amenic">Bye, Walden by Zanin</a>
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